Edson e Pelé, uma abordagem complexa

Pelé faz parte do primeiro elenco campeão em 1958, é o craque do escrete na Copa do Chile (se contunde e pouco joga) quando conquistamos o bicampeonato. Em 1966, a seleção é marionete nas mãos da ditadura que quer implantar um regime e o desempenho na Inglaterra é sofrível. No México, durante o auge do AI-5 e a repressão política (estado de guerra de interna), montamos um time de sonhos com excelência de treinamento e Pelé se consagra aos 29 anos. Em 1974 não vai à Copa e se despede dos gramados brasileiro. Ajuda a abrir o mercado de futebol nos EUA até chegar à sua segunda despedida do futebol em outubro de 1977.

O uso da camisa amarela e mais uma decepção futebolística

Este que escreve cumpre a sina de muitos colegas que se dedicam à análise política, mas foram formados cultural e subjetivamente pelo mundo da bola. Logo, se não é correto escrever profissionalmente a respeito das quatro linhas, fora destas temos o dever de refletir e fazer a crítica da economia política do futebol profissional. Assim, a primeira reflexão é a óbvia. Considerando o volume de contratações de jovens desportistas por centros que operam com moeda mais forte no comércio internacional (dólar estadunidense, euro e libra esterlina), nos damos conta de que aí opera uma injustiça histórica. Seguimos primarizados, cedendo tanto a fuga de cérebros no setor do desenvolvimento científico e acadêmico, assim como o mundo vê um fluxo de chuteiras na legítima busca de um futuro melhor para seus familiares e entorno.