A “guerra do lítio mineral” e o Império na América Latina

Uma militar estadunidense, mulher e general de quatro estrelas, Laura J. Richardson (vejam seu perfil em site oficial em português) está à frente do Comando Sul dos EUA desde o final de outubro de 2021. Vale ressaltar que este comando permanente é o encarregado pelas forças armadas combinadas dos Estados Unidos em projetar poder e “garantir a segurança hemisférica”. Fora o México (sob a ameaça do Comando Norte) e Porto Rico (a ilha invadida no final do século XIX e segue sendo Estado Associado, ou seja, colônia), todos os países da América Latina e do Caribe estão diretamente ameaçados por esses militares profissionais. Em outras palavras, o pesadelo de um desembarque de fuzileiros navais gringos passa por este alto comando.

O impulso latino-americano e a síndrome do colonialismo

Bruno Beaklini (@blimarocha) – janeiro de 2023 Na terça feira dia 24 de janeiro o presidente Lula participou da reunião de cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), que contou com relevante declaração final. Fundada em 2010, ainda no auge da “maré rosada” no Continente, acumulava o potencial econômico liderado pelo Brasil e…

O Capitólio Brasileiro e o inimigo interno

Bruno Lima Rocha Beaklini (@blimarocha) – janeiro 2023 Passada mais de uma semana dos eventos de 08 de janeiro de 2023, temos a estranha sensação de “cansaço por repetição”. Como uma enfermedade de LER (lesão por esforço repetitivo), nos deparamos com aquilo que todos já sabíamos que teria plena condição de ocorrer. Era visível, presumível,…

O Capitólio Bananisteiro, a Guarimba da Gadaiada e o Partido Militar

o objetivo de anistia nos crimes sanitários e das ameaças golpistas do generalato, e para assegurar esta meta, outros episódios como o da “guarimba da gadaiada” ou um Riocentro no século XXI podem ocorrer. Há uma possibilidade concreta de “vôo cego”. As capacidades do GSI cuja cadeia de comando está contaminada serão um desafio permanente do novo governo. Administrar um país sem uma inteligência confiável e cujo cliente único e final seja a Presidência é simplesmente impossível. É bom que a social-democracia saiba e lembre disso a todo o momento.

Edson e Pelé, uma abordagem complexa

Pelé faz parte do primeiro elenco campeão em 1958, é o craque do escrete na Copa do Chile (se contunde e pouco joga) quando conquistamos o bicampeonato. Em 1966, a seleção é marionete nas mãos da ditadura que quer implantar um regime e o desempenho na Inglaterra é sofrível. No México, durante o auge do AI-5 e a repressão política (estado de guerra de interna), montamos um time de sonhos com excelência de treinamento e Pelé se consagra aos 29 anos. Em 1974 não vai à Copa e se despede dos gramados brasileiro. Ajuda a abrir o mercado de futebol nos EUA até chegar à sua segunda despedida do futebol em outubro de 1977.

O uso da camisa amarela e mais uma decepção futebolística

Este que escreve cumpre a sina de muitos colegas que se dedicam à análise política, mas foram formados cultural e subjetivamente pelo mundo da bola. Logo, se não é correto escrever profissionalmente a respeito das quatro linhas, fora destas temos o dever de refletir e fazer a crítica da economia política do futebol profissional. Assim, a primeira reflexão é a óbvia. Considerando o volume de contratações de jovens desportistas por centros que operam com moeda mais forte no comércio internacional (dólar estadunidense, euro e libra esterlina), nos damos conta de que aí opera uma injustiça histórica. Seguimos primarizados, cedendo tanto a fuga de cérebros no setor do desenvolvimento científico e acadêmico, assim como o mundo vê um fluxo de chuteiras na legítima busca de um futuro melhor para seus familiares e entorno.